quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Zé Massoni rege sua "Banda"




Símbolo de resistência, sobrevive a frente da Corporação Musical 24 de Outubro. Bravo maestro!

Tradições da minha terra

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Coppélia Núcleo de Dança - Festival anual de dança

Orquestra de Viola Caipira de Atibaia



No Centro de Convenções Victor Brecheret, a Orquestra de Viola Caipira de Atibaia, sob regência de Agnaldo Villaça, apresentou espetáculo musical de rara beleza. O cenário preparado especialmente para o evento encantou pela originalidade.
E viva a diversidade musical!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Talita Pinzan brilha com sua coleção no desfile da 24ª Casa de Criadores

Em 10 de dezembro, no centro de convenções do Shopping Frei Caneca, em São Paulo, a estilista atibaiense Talita Pinzan brilhou com sua coleção outono/inverno 2009, em um dos eventos mais importantes do mundo da moda brasileira, a 24ª Casa de Criadores.
Formada em Negócios da Moda, Talita foi indicada por Mário Queiroz para participar do Projeto Ponto Zero, que tem como objetivo revelar novos talentos na área de moda.
O concurso realizado em todo Brasil apontou quatro finalistas: Talita Pinzan, (Anhembi Morumbi) Ivano de Paula Silva (Belas Artes), Karin Feller (Santa Marcelina) e Mariana Carbonell (Senac).
Os finalistas participaram de cursos na área de empreendedorismo, promovidos pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), através do Programa Texbrasil, desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil, coordenado por André Hidalgo, Jair Mercancini, Geni Rodio e Beto Lago, e tiveram seus produtos comercializados em estandes no Mercado Mundo Mix (SP), e coroados com a apresentação de suas coleções no desfile da 24ª Casa de Criadores.
O concurso forneceu ainda toda a infra-estrutura necessária para a realização das apresentações, desde modelos, maquiadores, DJs para trilha sonora e camareiras, além de toda a estrutura do próprio evento, como passarela, som e iluminação.
Com originalidade Talita rompeu com a linha tradicional e criou coleção inspirada no artista plástico Vik Muniz. Os modelos apresentados na 24ª Casa de Criadores foram desenvolvidos no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), cujo conceito baseou-se em questionamentos contemporâneos - diálogos entre a efemeridade e durabilidade. Quase um manifesto anti-consumismo.
Neste sentido a estilista optou pelo “tecido de cortina” e a tricoline de seda, nas partes que tem maior atrito no corpo. E como sua proposta tem a ver com reciclagem e reuso, Talita inseriu as composições e texturas do patchwork, feito a partir de restos de tecidos unidos tingidos naturalmente com casca de cebola e chás, uma parceria com 1001 Retalhos de Atibaia.
Sua criatividade vai além, toda coleção é desmontável, caracterizada pelo lúdico. Um verdadeiro quebra-cabeça. Possui dois lados - frente e verso -, a mesma peça pode ser usada nas estações primavera-verão ou outono-inverno. Outra inovação é a estrutura aramada: as batas e saias godês ganham formas diferentes a partir de ajustes na estrutura.
Apesar do sucesso, Talita Pinzan, tem os pés no chão. “O mundo do glamour me assusta um pouco, gosto mesmo é de criar. O que me fascina é a costura, gosto muito de costurar, de pregar um botão, de participar ativamente na produção, gosto dos bastidores”.
Quanto aos planos para o futuro, ela conclui: “Pretendo construir minha marca devagar. Para 2009 tenho planos para trabalhar em confecção e enquanto isso, adquirir experiência”. (Marta Alvim)

sábado, 6 de dezembro de 2008

domingo, 16 de novembro de 2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Quarteto Latorre



Hélcio Latorre (flauta), Thomas Howards (violão), Camila BomFim (contrabaixo) e Nelson Carneiro (bateria)

sábado, 1 de novembro de 2008

Novos Modelos Educacionais

Por Marta Alvim

Basta entrar numa sala de aula do ensino formal para nos depararmos com um cenário no mínimo desanimador: a velha lousa, suporte para cópias intermináveis, muitas vezes extraídas integralmente dos livros didáticos ultrapassados, o tablado hierárquico, carteiras alinhadas e alunos sem o menor interesse em aprender.
Associado à estrutura tradicional das salas de aula, o Plano Nacional de Educação (PNE), através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), norteia como e quais caminhos devem ser trilhados pelas instituições educacionais nos seus planos de ensino.
A questão é que, para muitos especialistas em educação, os parâmetros são uma utopia. Segundo eles, o documento é perfeito na formulação, mas não é aplicado como deveria, sobretudo pela difícil compreensão do conteúdo.
“O grande problema é que esses parâmetros misturam conteúdo, metodologia, processo e ainda têm uma carga de ideologia. É uma salada. Quer ser muito amplo, quer garantir democracia, mas acaba sendo ambíguo”, afirma João Batista Oliveira, consultor e criador do programa Acelera Brasil, em entrevista publicada na revista Educação, nº88, agosto de 2007.
Para Magda Venancio, pedagoga com especialização em Psicologia Social, integrante do Grupo de Pesquisa de Desenvolvimento de Valores da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (PUCCamp), e diretora da Escola Terra Brasil, de Atibaia, nenhum método deve ser uma corrente, muito menos uma armadura. O professor não pode ter seu trabalho aprisionado dentro de regras específicas: “todo profissional da área de Educação deveria vir de seu curso de formação com a possibilidade de pensar o que é melhor para o aluno em determinado momento, e ter a liberdade de poder escolher qual conteúdo será mais bem aproveitado. Um único método não serve para atender à diversidade de alunos dentro de uma sala de aula. A educação deve privilegiar a aprendizagem, não o método”, ressalta.
Venancio critica ainda a falta de qualificação dos professores, que segundo ela, fortalece o ciclo das deficiências: “jovens que tiveram uma formação básica deficiente são os que mais procuram os cursos superiores na área. Pelas dificuldades em ingressarem numa boa universidade pública, acabam sendo levados a optar pela licenciatura em Pedagogia. Estes cursos por sua vez não oferecem algumas disciplinas indispensáveis para os educadores, fato que coloca o professor refém de suas limitações, e o ciclo se repete”.
A Antropologia é uma dessas disciplinas, que embora não seja exigida nos currículos é indispensável na prática social diária em âmbito escolar. Em países desenvolvidos ocorre o inverso. Os professores são qualificados, respeitados pela formação intelectual e cultural. O resultado é o índice excepcional do desenvolvimento educacional.
No centro das discussões das últimas décadas, no Brasil e em outros países, a educação vem sofrendo transformações. As mudanças sociais, tecnológicas e culturais têm apressado o processo em busca de novos padrões de aprendizagem.
Em Portugal, surgiu há mais de 25 anos um modelo revolucionário de ensino. Na cidade do Porto, a Vila das Aves abriga a Escola da Ponte. De estrutura física simples, sem piscinas ou quadras poliesportivas, a Ponte oferece o indispensável: o conhecimento e a formação de cidadãos. Os métodos de ensino são tão inovadores que foram ocultos dos órgãos reguladores do país por muitos anos.
Não existem carteiras individuais. Um único espaço é compartilhado por alunos e professores, sem separação por turmas ou idades. A competição deu lugar à cooperação. Todos colaboram com todos – uma lição social, acima de tudo.
Os alunos formam grupos de interesse e, orientados pelos professores ( mais de um por grupo de estudo), desenvolvem o conteúdo até que estejam preparados para as avaliações. A aprendizagem ocorre de forma global, sem separações ou compartimentação das disciplinas.
Em entrevista para o portal brasileiro Educacional (www.educacional.com.br), o educador José Pacheco, um dos pilares da comunidade, assim a define: “o projeto segue um modelo de escola que não é a mera soma de atividades, de tempos letivos, de professores e alunos justapostos. É uma formação social em que convergem processos de mudança desejada e refletida, um lugar onde conscientemente se transgride, para libertar a escola de atavismos, para repensar”.
Como declarou Rubem Alves: “A escola que sempre sonhei sem imaginar que existisse”.

domingo, 19 de outubro de 2008

Visões Secretas e Ipansotera

Marta Alvim por Euclides Sandoval ou Euclides Sandoval por Marta Alvim

A palavra escrita, como a poesia, alcança o nível da oralidade.

Aprender a fazer café depois dos sessenta, pode incluir maior dedicação à vida familiar. Aposentado, mas ainda dando aulas na Educação Artística da FESB, Bragança Paulista, Euclides Sandoval pode ser considerado um polígrafo. Precursor dos multimeios, como dizia Josette Monzani, da Universidade Federal de São Carlos, segundo a entrevistadora Marta Alvim, do jornal O Atibaiense, entrevistá-lo não é tarefa das mais fáceis: "Seu pensamento percorre extremos, o caos e a ordem, pontos opostos em permanente diálogo, na busca da equilibração". Equilibração, como conceito em que a estabilidade está na mobilidade. Marta continua: "Para ele não há verdade absoluta; fés são provisórias, vida é um constante questionamento". "Alma inquieta, tudo é dualidade que flui... Assim também suas realizações. Nada se completa. Única coisa certa: Ao completar-se, é a morte." Marta afirma que se sentiu lançada no instigante território da reflexão. Com a palavra a entrevistadora (a entrevista aconteceu antes da participação de Euclides no Botequim Literário, Companhia das Artes Atibaia, dia 21 de junho de 2006).

Quem é Euclides Sandoval?

Em primeiro lugar, um cara que está se encontrando cada vez mais. Ao mesmo tempo, grego e velho pagão. Vou aprendendo a lidar com expectativas. Vivo um momento especial.
Onde está hoje o militante das ações ambientais e culturais da década de 80?
Nunca deixei o cultural. O abrangente é a natureza; o agente (problema), a cultura. É preciso atacar aqui. Quanto às ações ambientais, lembro Regina Casé: "A ecologia começa quando cuidamos do próprio fígado".

Como as políticas públicas encaram essas questões?

Naquela época, quando fizemos o movimento ecológico (a palavra ecologia quase não era mencionada), nossa ação em Atibaia teve um caráter mais emocional. Algo emergencial, logo sentido pela maioria jovem. A Inter-Ação Ecológica - quase não se ouvia falar em ONGs - , por nós fundada, formalizou-se no final para acontecer o tombamento. Aquela coisa de registro em cartório, CGC, estatutos. Não havia centralização de poder. Hoje podemos ver que nossa postura anárquica gerou mais frutos do que imaginávamos. Surgiu uma liderança emergencial que tornou a questão ecológica disseminada entre os cidadãos. Caso contrário teríamos um bando... Bando é que precisa de chefe. Chefe, quem concentra poder, é bode expiatório. Quanto à cultura, hoje, Cultura com cê maiúsculo, posso citar dois grandes momentos em Atibaia, na direção de Élsie Costa e Vitor Carvalho. O grande mérito é de uma prefeitura, segundo mandato de Beto Trícoli, agora com essa multiplicação de espaços e núcleos de arte e expressão.

O que é arte?

Artístico é tudo aquilo que você considera arte. Num nível mais perceptivo, você vai ter suas preferências. Modelo na cabeça e querer impô-lo é institucionalizar a própria escolha. Já há muito chato por aí. A pior arte pode ser melhor que a melhor crítica feita sobre determinada obra. O mais importante é o processo do artista, sua história. O percurso, suas idas e vindas, e, principalmente o fato dele se ver artista.
Pensando em estética, Deleuze, Kant, Hegel ou outro?
O outro para mim é Merleau-Ponty. Acredito numa dialética sem síntese, ao contrário de Hegel. Você caminha por aproximações sucessivas (Heráclito). E não se toma banho duas vezes no mesmo rio...
Explique melhor isso de "dialética sem síntese".
O filho não é uma síntese do pai e da mãe... É um outro homem ou uma outra mulher.

Qual o ponto em que o fotógrafo, o diretor e ator de teatro, o escritor e o artista plástico se encontram?

Em tudo, principalmente no visual. E todos fazem ficção. Meus últimos quadros têm a ver com Magritte. Coloco na ficção, realidade alterada, elementos da própria realidade: ninho, chave, planta, terra. "Isto não é..." Não. "Isto é..."

Todas aquelas personas... Acadêmicos ou marginais?

À margem do sistema... Cavalo com a cabeça erguida, mas sem tirar os pés da lama. Lama entendida como o constituído, certos costumes, normas a obedecer, concessões sem o quê não se vive em sociedade. Com a consciência de que em cada passo estamos vivendo e morrendo. Vida é auto-realização; morte, concessão.

Genialidade, o que é isso?

A genialidade está sempre situada. Gênio e louco, a mesma pessoa. Depende do momento histórico (espaço/tempo).


O cajado é um elemento conceitual... Faz parte de algum ritual?

Ritual religioso ou profano, tudo está em sincronia, a gente é que costuma dar nome às coisas. Símbolos carregam grande energia, não podem ser nomeados, nem definidos. Tive formação religiosa, mas tudo está, ou deveria estar, embutido, naturalmente. As ações são ou não são. Ações ou estados, não se define o amor. Ou se ama ou não se ama. A experiência do cajado surgiu a partir da necessidade de apoio e proteção durante as minhas caminhadas por estradas de terra, com a Maria. Talvez a "arma e apoio" estejam ligadas à ancestralidade, coisa do inconsciente coletivo. Os objetos colocados nas pontas dos cajados são elementos heteróclitos pegos ao acaso. Depois de trinta cajados feitos - hoje, na Mostra de Atibaia, expus sessenta e dois -, encontrei referências, em Jung e Juan Eduardo Cirlot, por incrível que pareça, a posteriori, dando nome aos meus cajados.

Você se preocupa com o fato de o experimentalismo ficar restrito à compreensão de um público reduzido?

Como diz Niemeyer, em entrevista recente à Caros Amigos, a obra de arte tem que criar emoção e surpresa. Podemos contribuir para que a atitude do fruidor de arte se enriqueça, oferecendo-lhe "biscoito fino". Como a indústria cultural trabalha mais com o representativo e a "baixa informação", diminui o espectro sensível. As pessoas se fecham no previsível, no que se explica, no representativo e na coisa reprodutiva. A atrofia da sensibilidade repercute nas relações interpessoais e na compreensão da vida e do mundo. O sucesso das novelas (baixa informação), das bandas pauleiras, do pagode repetitivo (hoje, felizmente restituindo à nossa música popular, o lugar que ocupava), tudo o que é mais digestivo (a médio e longo prazo indigesto), são exemplo do que estou falando. Precisamos voltar a dar as mãos, num clima menos veloz e altissonante.

Qual a melhor relação entre arte e sociedade?

A arte atua no nível das significações. O mais importante é a relação entre a coisa em si e o conceito que temos dela, ou seja o signo. Relação entre significante e significado. Por mais arbitrária que seja essa relação, ela é que importa. A obra, ao surpreender, nos tira do terreno dos condicionamentos. Deixamos de salivar só ao ouvir a chamada para o almoço. Quem mais nos condiciona é a educação informal ou formal. Ela nos veste com um colete apertado. Certo que chega a gerar destrezas necessárias para nos expressarmos e conduzirmos em sociedade. A arte, por sua vez, transcende, liberta.

Como você vê as novas tecnologias, o papel da arte e da comunicação eletrônica?

Como recursos a serem administrados pelo artista. Suporte e conteúdo, ou forma e conteúdo se se preferir, de resto são a mesma coisa. Não se compete com a memória infinita da máquina. Agora, nessa dualidade é preciso que se distinga o abrangente (paradigma) do agente (ação concreta). Ter em mente que o movimento aqui é o de uma sinusóide, tipo yin e yang. Um prevalece, porém, contém o outro. O que é abrangente, no momento seguinte pode passar a ser agente. No agente, sempre o problema. Veja que não se trata de meio termo. Na vida, tempos que optar. O homem, como abrangente, não deve se submeter à máquina (o mesmo que recurso), agente. No entanto, você, num instante de desorientação pode eleger o recurso, a máquina, o meio, como principal valor para encontrar o caminho... Não é isso que ocorre tantas vezes na lida com o computador?

Estaria a arte mais relacionada com a ociosidade, soltura de alma e espírito, vôo imaginário, ou o artista tem mesmo que ralar, ser racional em busca de elementos e meios para a criação?

A auto-realização está na ociosidade.

João Cabral ou Vinicius de Moraes?

Estou mais pra Vinicius, embora admire João Cabral de Melo Neto.

Qual a convivência possível entre teatro e literatura?

É o tipo de convivência que não deveria ser difícil. O teatro resgata a oralidade da palavra escrita. São irmãos com a distinção que sempre existe entre gêmeos.

Há alguns anos você iniciou uma espécie de diário, livros de grande formato, contendo textos e elementos visuais sobre sua vida. Fale sobre isso.

São meus cadernos de campanha. Há seis anos dei início de forma sistemática a escritos diários (não se trata da chatice de um diário), o que eu chamo de "Cadernos do Beiral" (Beiral das Pedras é onde moro). Quase um dia-a-dia voltado para o conceitual. Chuto o passado próximo ou remoto como uma bola, para o futuro, sem tirar os pés do presente. Textos autocompreensivos. Vou me descobrindo entre signos. Além de palavras manuscritas, textos digitados, recortes de jornal, fotos, desenhos, colagens. Estou no décimo segundo caderno, umas três mil páginas. Isso faz parte do meu processo existencial de sobrevivência e, claro, de auto-realização.

Na entrevista publicada em O Atibaiense, 17 de junho de 2006, Marta Alvim diz na abertura: "Escrever sobre Euclides Sandoval, artista multifacetado, não é tarefa das mais fáceis. Seu pensamento percorre dois extremos, o caos e a ordem, pontos opostos que estabelecem permanente diálogo em busca de equilibração. Não há verdade absoluta. Ao contrário, vive-se em constante questionamento. Nesse sentido, extensão de uma alma inquieta, é na relação com a dualidade que flui a sua obra. Inevitavelmente ela nos lança ao território da reflexão. Formado em Filosofia pela USP (Universidade de São Paulo), especialista em Arte, Ensino e Produção, pela PUC - Campinas, Sandoval é membro da Association Internationale des Arts Plastiques - Maison de l' UNESCO. Jornalista, professor universitário da área de artes, desde 1987, orientador de teatro, fundou o Grupo Ipansotera (2004), e suas obras integram importantes acervos, entre os quais o do Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC). Seria impossível, neste espaço, registrar todas as suas participações e premiações em salões e exposições de artes visuais, desde 1964. Mas não poderíamos deixar de mencionar o trabalho desenvolvido junto ao Núcleo de Arte Contemporânea Olho Latino, e o fato de estar presente, como artista convidado, no XV Encontro de Artes Plásticas de Atibaia, Centro de Convenções e Eventos, onde apresenta a instalação "Cajados", cerca de 60 peças."

Instituto de Arte e Cultura Garatuja - 25 anos



O Instituto de Arte e Cultura Garatuja recebeu a visita do Secretário de Programas e Projetos Culturais Célio Turino do Ministério da Cultura. A equipe da TV Brasil acompanhou todo o evento desde os preparativos para o documentário Cultura Ponto a Ponto. A comemoração dos 25 anos do garatuja foi marcado com muita alegria, dança, exposição, percussão e congadas. O IAC Garatuja foi habilitado, através de rigoroso edital público, para se constituir Ponto de Cultura na região, entre os 746 existentes em todo território nacional. O Garatuja é uma iniciativa dos artistas Marcio Zago e Élsie da Costa. O papel do Ministério da Cultura é o de agregar recursos e novas capacidades a projetos e instalações já existentes. Segundo o Secretário Célio Turino é necessário potenciar o que já existe. O Ponto de Cultura é a ação prioritária do Programa Cultura Viva e articula todas as demais ações como Cultura Digital, Agente Cultura Viva, Griô e Escola Viva. Iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil ficam responsáveis por articular e impulsionar as ações que já existem nas comunidades. Voltado principalmente à formação, o Garatuja atua em diferentes áreas como: dança, música, pintura, fotografia, desenho animado, pesquisa, formação de acervo, mostras, etc. Está bem sediado e equipado para realizar suas atividades. Entre as propostas, voltadas principalmente à formação de crianças e jovens, a dança e as artes visuais são os principais focos. A metodologia utilizada por Marcio Zago, com as artes plásticas, e Élsie da Costa, com a dança, Ludodança, são a alma do Garatuja, enfatizando o trabalho pioneiro desenvolvida na cidade desde 1983. Trabalhos realizados nos últimos anos contribuíram para a habilitação do Garatuja em Ponto de Cultura A conquista do Ponto de Cultura é conseqüência de um trabalho continuado e coincide com o ano em que o Garatuja completa 25 anos de atividade ininterrupta de maneira autônoma, independente, refletindo a adequação ao perfil dos Pontos de Cultura. O Garatuja dispõe de dois espaços multiuso, um para as artes cênicas e outro para as artes visuais, onde desenvolve atividades ligadas às técnicas e artesanias em vias de desaparecer como a gravura, a fotografia analógica e a animação em película associados às novas tecnologias. A ênfase ao desenho se adéqua às propostas de acordo com faixas etárias e interesses individuais, ou de grupo. O atelier realiza exposições temáticas com objetivo de estimular e informar sobre áreas afins ou provocar o imaginário e o lúdico. O espaço cênico do Garatuja, é um teatro de bolso inspirado nas representações teatrais feitas dentro de ambientes domésticos. As apresentações nele realizadas tem o sentido de uma memória vivenciada na infância de sua idealizadora. As oficinas de dança e artes cênicas do Garatuja incluem as apresentações neste ambiente, como forma de praticar a atuação em cena. Crianças ou jovens vivem o Garatuja como algo que deixa marcas na sua vida. Por isso o trabalho é transformador. Apreende-se o rito cênico. Esse espaço é carregado de sentido. Razão pela qual o festejo Garatuja 25 Anos aconteceu no próprio Garatuja com o Corpo de Dança apresentando Cinestesias. O espetáculo é uma Mostra das diversa práticas corporais e cênicas, com criação coletiva e a direção de Èlsie da Costa. Cinestesias é produto de oficinas, realizadas com jovens e adultos. As oficinas em 2009 proporcionarão desdobramentos do trabalho de acordo com projeto aprovado para o Ponto de Cultura. Terrícolas e Terranteses 2, será o novo grupo Cênico nos moldes do primeiro como em 2003, criando novo espetáculo a partir de motivos relacionados às cinco regiões brasileiras.

Congadas, presença marcante.

Através da pesquisa e trabalhos de Élsie da Costa, o Garatuja tem tido forte atuação com as congadas de Atibaia, estabelecendo o contato dos grupos com formas de subsídio institucionais do âmbito Federal como, a participação no Programa Petrobras Cultural viabilizando o mais importante projeto voltado a comunidade congadeira de Atibaia. Com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, por intermédio da Lei Rouanet, foi realizado o projeto “Universo Poético-Musical dos Congadeiros de Atibaia”, que recebeu o Selo Cultura Viva e o Premio Culturas Populares 2007 “Mestre Duda 100 Anos de Frevo”. As congadas se apresentaram agradecendo ao Ministério da Cultura, representado pelo Secretario Célio Turino, os patrocínios recebidos.

O IAC Garatuja se localiza em Atibaia, Estado de São Paulo, à Rua Esmeraldo Tarquínio, 346, Jardim Tapajós – Fone: (11) 4412-9964

Site: www.garatuja.org.br E-mail garatuja.arte@ig.com.be – faleconosco@garatuja.org.br


Degas, Degas!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008


Pelas ruas da cidade

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A Família



Sou uma mulher no auge da carreira profissional. Com família constituída e feliz, independente, amada e respeitada. Respondo pela carinhosa (?) alcunha de mulher contemporânea, trocando em miúdos “mulher maravilha”, aquela que acumula funções e vive feito uma equilibrista doída para que todas elas tenham resultados, no mínimo, perfeitos!
Tenho habilidades múltiplas: frito batatas de salto alto enquanto agendo uma entrevista, sobre políticas públicas, com o prefeito local, ao mesmo tempo em que verifico a roupa na máquina de lavar e o que falta na geladeira.
Atualmente, quando vou à feira comprar legumes frescos, carrego comigo e leio, entre um pé de espinafre e um de couve, a apostila sobre Semiótica Peirceana.
De vez em quando surge uma crise existencial, agravada pela síndrome da Tensão Pré-Menstrual (TPM), e a extra-sístole que me lembra a todo instante que o coração pulsa (e como pulsa), colocando em xeque todas as minhas referências e decisões. Mas quando isso acontece, respiro fundo, e rio de mim mesma – afinal, amo esta vida!

João Luiz e Douglas Lora



Convidados ilustres

Em 28 de setembro,no Centro de Convenções de Atibaia mais uma encontro promovido pela Orquestra Sinfônica Jovem resultou num espetáculo de rara beleza. A orquestra se apresentou com os violonistas João Luiz e Douglas Lora, do Brasil Guitar Duo, o primeiro duo brasileiro a vencer o Concert Artists Guild, um dos mais importantes prêmios de música clássica dos Estados Unidos
No programa, composições de Georges Bizet, a suíte nº1 da Ópera Carmen, Egberto Gismonti, Sete Anéis, Johann Sebastian Bach, com o Concerto para Dois Violinos BWV 1043 (em transcrição para dois violões), um verdadeiro desafio, Mario Castelnuovo Tedesco, Concerto para Dois Violões. Além destas, não poderíamos deixar de destacar a composição Brazillian Fugues, I Cantiga e II Baião, de autoria do atibaiense Douglas Lora com arranjo de Roberto Sion, obra que nos remete aos ritmos e cores do nosso País - a brasilidade!
A regência foi dos maestros Daniel Nery e Rogério Brito.


Saulo Silva Oliveira, violoncelista mais jovem da Orquestra Sinfônica de Atibaia

domingo, 21 de setembro de 2008

"Les cordes á linge de l'oncle Dunha"



Premiados no Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual e no Curta Atibaia, quatorze curta-metragens brasileiros são exibidos na França.
Ganhadores do 3 FAIA - Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual, os curtas "Vida Maria", de Márcio Ramos e "A Noite do Vampiro", de Ale Camargo são as principais atrações da Mostra de Curta Metragens Brasileiros que acontecerá hoje e amanhã dentro da Programação do 13 Festival Internacional de Contis (FR).
Resultado da parceria mantida entre os festivais, além da exibição de curta-metragens, a participação brasileira apresenta ao público francês exposições e performances de quatro artistas plásticos brasileiros - Vitor Carvalho, André Crespo, Beth Verdegay e Suzy Midori.
Realizada pelo terceiro ano consecutivo, a Mostra de Curtas Metragens Brasileiros em Contis é organizada pela Associação de Difusão Cultural de Atibaia / Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual / Difusão Cineclube em parceria com a Prefeitura da Estância de Atibaia / Secretaria Municipal de Cultura e Eventos e conta com o apoio do MINC - Ministério da Cultura / SAV - Secretaria do Audiovisual através de recursos da Lei Rouanet.
Veja a programação completa da participação brasileira no 13 Festival Internacional de Contis em:
http://www.cinema-contis.fr/4.aspx

sábado, 13 de setembro de 2008

Companhia das Artes de Atibaia abre exposição no Centro de Convenções Victor Brecheret



Guilherme, Giovani, Marta, Jéssica, Ana Flávia e Angélica


Trabalho de Ludmila PortoCioffi exposto no Centro de Convenções Victor Brecheret na mostra do Ateliê Companhia das Artes.


O Cão, obra de Felipe Militão

Semana Cultural Escola Terra Brasil



A Escola Terra Brasil promoveu entre os dias 08 e 12, a semana cultural. O modelo educacional da instituição se assemelha ao da Escola da Ponte, de Portugal, o qual valoriza a cooperação e rompe definitivamente com a aprendizagem compartimentada.
Parafraseando José Pacheco: O modelo não é a mera soma de atividades, de tempos letivos, de professores e alunos justapostos. É uma formação social em que convergem processos de mudança desejada e refletida, um lugar onde conscientemente se transgride, para libertar a escola de atavismos, para repensar.”


E viva a diversidade da cultura brasileira!

domingo, 31 de agosto de 2008

Absintho e Palco das Artes no Café Pitanga



Do Jornal da Praça, Joel Oliveira, Lilian Alves, Cris Camaleoa e o mestre Eduardo Barrox


Idealizador do Palco das Artes, João Paulo Corrêia Lima

Antonio Nóbrega



Antonio Nóbrega se apresentou no projeto Sexta Básica,evento realizado em 22 de agosto, no C.C.V.B de Atibaia. Nóbrega dispensa legenda, é figura notável da arte e cultura brasileira.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Arco Sol Íris



Quem olhou para o céu hoje presenciou mais um espetáculo da natureza!

sábado, 23 de agosto de 2008

Estação Ferroviária Caetetuba



O beiral construído em 1914 ainda resiste à ação do vandalismo e do abandono.O desrespeito ao patrimônio surge em forma de parabólica, que se ergue numa construção de quase 100 anos.

Patrimônio Histórico?

Estação Caetetuba

Flagrantes

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Floração da Jabuticabeira



Visão privilegiada no fundo do quintal!

Comentário do Beleza



Quando era mais jovem, na casa dos meus pais tinha uma jabuticabeira assim, havia ali uma impregnação de beleza e de odores que só quem teve uma educação para o sensível pode presenciar. Há coisas que não esquecemos, da infância, e de uma Atibaia antiga que poucos (como nós) puderam ter o prazer de conhecer, hoje o aroma ou outras referências trazem a tona nossa/essa existência, suas fotos hoje trouxeram uma saudade e uma lembrança doce de infância, de quando casas tinham pomar e o Ladis nos encantava com sua habilidade, tanto nas Congadas como no Botafogo, nosso amigo com sua postura elegante, sua pureza e amizade fiel são eternas. Valeu a dedicação.

Seus textos estão ótimos, muito bem escritos, tanto o da cultura quanto o da obra do Sandoval, assim como o Ladis teremos referências na memória (e nas fotos) da escultura Mandorla que tenho certeza são fartas. Abraços, parabéns Beleza.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Silêncio e liberdade



Quando Foucault falou dos espaços e heterotopias, certamente não conhecia a expressão "voar"

sábado, 16 de agosto de 2008

Ladislau

Bossa Nova - Coral SAAE



Em 16 de agosto, no C.C Victor Brecheret o Coral SAAE apresentou o espetáculo musical “Bossa Nova, meio século de sucesso”
Depois das apresentações de Conversa de Botequim, Viva Atibaia, Viva São João e no Escurinho do Cinema, sob coordenação e regência da maestrina Magda Cristina Jarussi em parceria com Banda Maktub o espetáculo Bossa Nova, meio século de sucesso prestou homenagem a este estilo musical brasileiro.
O show reuniu no programa composições clássicas de artistas consagrados, como Garota de Ipanema, Chega de Saudade de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Mais uma vez o coral inovou. O evento mesclou musica e teatro da melhor qualidade.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Cartazes Urbanos

Os Ipês
debruçam
seus cachos
amarelos
sobre muros
pintados com
cartazes urbanos

Na primavera
combinam entre si
a sequência das floradas.
Pobres de nós
não ouvimos seus sussurros

sábado, 9 de agosto de 2008

PiA FraUs



Gigantes do Ar - Circuito Cultural Paulista
Centro de Convenções Victor Brecheret Atibaia